Criada originalmente como uma série em serigrafia, em 2006, Cinemas Fantasma mostra um conjunto de oito cinemas de rua, já desaparecidos quando de sua produção.
Em 2023, passou a integrar o Mapa Afetivo de Cinemas de Rua produzido pelo coletivo CineRuaPE a partir do lançamento do filme Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho.
Atualmente, está sendo retrabalhado como gravura em metal.
Em 2023, passou a integrar o Mapa Afetivo de Cinemas de Rua produzido pelo coletivo CineRuaPE a partir do lançamento do filme Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho.
Atualmente, está sendo retrabalhado como gravura em metal.
Originally created as a silkscreen series in 2006, Cinemas Fantasma shows a group of eight street cinemas that had disappeared by the time it was produced.
In 2023, it became part of the Affective Map of Street Cinemas produced by the CineRuaPE collective following the release of Kleber Mendonça Filho's film Ghost Portraits.
It is currently being reworked as a metal engraving.
In 2023, it became part of the Affective Map of Street Cinemas produced by the CineRuaPE collective following the release of Kleber Mendonça Filho's film Ghost Portraits.
It is currently being reworked as a metal engraving.








Série original, impressa em serigrafia (2006).
Original series, silkscreen printed (2006).



A partir de 2023, algumas das serigrafias foram retrabalhadas como gravura em metal.
As of 2023, some of the silkscreen prints have been redeveloped as metal engravings.

Localização: Largo do Arouche, 426 - República, São Paulo - SP
Nos anos 90, foi um cinema bastante focado em filmes de arte. Continua em atividade, mas como cinema pornô. O letreiro que conheci nos anos 90 se perdeu há muito tempo.
Saindo da seção de Priscila, usava uma camisa do Atlético-PR. Um sujeito, talvez morador de rua, quis comprar ela de mim – sua motivação era ser torcedor do time. Expliquei que também era torcedor e não vendi.

Localização: Esquina das ruas Ébano Pereira e Cruz Machado - Centro, Curitiba - PR
Fui impedido de assistir Indiana Jones e o Templo da Perdição por não ter idade suficiente.
Alguns detalhes da arquitetura do antigo cinema ainda são visíveis na entrada do estacionamento que hoje funciona no local.

Localização: Av. Ipiranga, 757 - República, São Paulo - SP
Quando a série foi feita, estava já há alguns anos fechado. Foi reinaugurado em 2009.

Localização: Rua Cons. Crispiniano, 352 - República, São Paulo - SP
Estes filmes indicados na imagem, na verdade, se referem a outros cinemas. Foram relacionados com o Marrocos dentro de uma lógica poética, sem um compromisso estrito com a precisão histórica.

Localização: Praça Osório, 19 - Centro, Curitiba - PR
No local, hoje funciona um estacionamento.

Localização: Avenida Munhoz da Rocha, ao lado do trilho do trem - Juvevê, Curitiba - PR
No Ribalta, assisti a todos os filmes dos Trapalhões e da Disney – animações e filmes com atores. Depois do seu fechamento, foi local de algumas boates, sendo a primeira delas, a Moustache Sound & Dance, bastante conhecida na época. Hoje em dia, parece pertencer ao graciosa Country Club, clube de mais alta elite curitibana.
O engano no nome do filme dos Trapalhões ("Planeta" em vez do correto "Planalto") só foi notado alguns anos depois da realização desta série.

Localização: Rua XV de Novembro, 52 - Centro, Curitiba - PR
Do mesmo modo que no Cine Marrocos, os filmes listados se referem a alguns dos cinemas administrados pela Fundação Cultural de Curitiba até o início do século XXI. Eram eles, o Cine Luz (praça Santos Andrade), o Cine Groff (Rua XV de Novembro), a Cinemateca (Largo da Ordem) e o Cine Guarani. Destes, apenas o Guarani permanece, com uma programação irregular. A Cinemateca foi transferida para um casarão próximo, no bairro São Francisco. Os cines Ritz e Luz ressuscitaram como salas de exibição no Cine Passeio, inaugurado em 2019 no local de uma antiga instalação que antes foi do exército e, depois, da guarda municipal.

Localização: Encontro das ruas Inácio Lustosa, João Gualberto e Heitor Stockler de França - Centro Cívico, Curitiba - PR
Como em outros cinemas da série, as lembranças aqui são evocativas de outras salas de cinema. Quando era garoto, voltava de condução da escola e uma das diversões do trajeto era passar pelo Cine Scala (hoje desaparecido, ficava na esq. das ruas Alfredo Bufren e Riachuelo) e ver o nome dos filmes em cartaz. "Elas transam a B…" foi um dos nomes que ficaram na memória.
Segundo o documentário inacabado "O Exibidor" (2001), o Morgenau foi o primeiro cinema do Paraná, inaugurado em 1912. Ainda segundo o documentário, ele fez sua transição para o cinema pornô no início da década de 1980. Seu proprietário, cansado de receber os filmes do momento depois deles serem exibidos nos grandes cinemas em cópias remendadas e riscadas, recebeu a proposta de exibir o filme "Garganta Profunda", então protagonista de uma celeuma sobre o fim ou não da censura numa ditadura que agonizava, mas que ainda não havia se encerrado. Nenhum dos cinemas "sérios" topava exibir o filme, mas o Morgenau aceitou.
Segundo o mesmo documentário, seu proprietário, um cinéfilo inveterado, continuou a exibir uma versão francesa da Paixão de Cristo, de 1936, toda Sexta-feira Santa.
Neste local, após a saída do Morgenau, funcionou um local de shows chamado, evocativamente, Cine. Era decorado com latas de filme que sempre achei terem sido encontradas no local pelos proprietários do Cine. O imóvel era parte de um conjunto de pequenos imóveis onde funcionavam comércios populares. Quase todos foram demolidos e substituídos por um edificio empresarial. A exceção são alguns imóveis cuja dona, segundo ouvi dizer na época, não quis vender. Assim, um edifício de linhas pretensamente modernas e dimensões enormes foi obrigado a conviver com o Costelão do Passeio, a Lanchonete do Toninho e uma peixaria que não consegui localizar no street view, mas de cujos odores ainda me lembro muito bem.
O Morgenau, desde que eu me lembro, foi sempre uma espécie de nômade. Depois de registrado no local da ilustração, esteve em pelo menos mais dois lugares. No último deles, na esquina entre as ruas Tibagi e André de Barros, contava com um bar funcionando na entrada, decorado com cartazes e outras imagens evocativas do cinema clássico, impressos em alguma gráfica rápida. Uma moça na porta me convidou a conhecer o estabelecimento, mas eu estava a caminho de um compromisso com meus alunos. Não sei se teria entrado na sala de exibição, mas podia ter tomado alguma coisa no bar. Não é um local por onde passe muito e quando lembrei novamente, alguns meses depois, não estava mais lá. Meus alunos me disseram que sua atual encarnação continua por aí – em endereço que ainda desconheço.